Este Carnaval no Rio foi diferente, ainda sem os desfiles e bloquinhos por causa da pandemia, fomos ao Rio explorar cantos ainda desconhecidos. O nosso foco de aventura foi SUP & Montanha, já que a Marina tinha feito uma pequeno procedimento e não podia ir a praia, então desta vez buscamos outros belos atrativos do Rio, escalar suas montanhas, apreciar o visual e colocar nosso SUP para remar nas águas cariocas. O tempo ajudou muito, os dias estavam lindos e a cidade, apesar do carnaval, estava bem tranquila.
Outras vezes que visitamos a Cidade Maravilhosa:
DIA 1 - Sábado - Pedra do Telégrafo e SUP na Restinga da Marambaia
Saímos as 3:30 da madrugada de São Paulo para estrada vazia e chegar cedo para encarar a disputada Pedra do Telégrafo na Barra de Guaratiba. Uma famosa pedra que devido as mídias sociais atrai visitantes para as famosas fotos penduradas nela, e forma-se fila de 2 a 3h. Alguns sobem para ver o nascer do sol, que também é lindo dali. Bem, chegamos as 8:40, subimos com o carro até o estacionamento mais próximo, 20 reais e um pouquinho mais pra cima já subia para 30 reais, já dá uma boa economizada na subida. Tem a opção de estacionar lá por baixo e pegar um moto táxi. A trilha é fácil de identificar no google maps e em meia hora de subida forte, chegamos a pedra. E claro a fila já havia se formado para as poses na parte estratégica da pedra. O pior é que ali havia um senhor tirando fotos profissionais de quem o contratava e ele regulava a velocidade da fila, i.e. cada um levava em média vinte minutos de poses, conversas e cobranças e pelo nossos cálculos nossa fila levaria no mínimo duas horas, enfim resolvemos não esperar, tiramos a foto básica lá do visual e partimos para as nossas próximas atividades. Quer ver as mega produções fotográficas na pedra, checa ela no instagram.
Dali pegamos o carro e o levamos próximo aos points do SUP da restinga, o mais recomendado com um alto astral é a Casa do Remo, mas ali do lado, o qual usamos, tem o Tuga's SUP. São locais com aluguel de SUP e infra-estrutura de bar na beira da restinga, ponto de início para a nossa navegação. O passeio pelo mangue é simplismente incrível, tem uma parte que o manguezal se fecha e é uma floresta. Para estacionar p carro precisamos da ajuda da turma que fica por lá, paramos o carro mais distante mas o valor da vaga já inclui o moto-taxi para nos trazer e levar ao carro.
Depois do SUP, chegamos ao restaurante Bira de Guaratiba, ali próximo para uma boa moqueca, cercada da floresta cheia de micos e uma vista incrível da restinga.
Antes de seguir viagem para o Rio paramos na bela praia de Grumari para um banho gostoso de mar no fim da tarde. Ali perto há diversas praias gostosas, como a prainha e a praia do Secreto que forma piscinas na maré baixa. Continuamos nosso trajeto pelo Recreio dos Bandeirantes apreciando o visual e astral de um sábado de praia no Rio e a paisagem da reserva da lagoa de Marapendi, que um dia vamoz ver se rola um SUP por ali.
Outros locais que valem a visita em Barra de Guaratiba e não conseguimos fazer: Sítio Burle Marx, precisava de agendamento e não conseguimos. O Sítio do Picapau Amarelo também fica ali próximo mas passamos direto e não conseguimos informação se estava aberto para visitação, vale checar. Há também diversas trilhas para as praias desertas dali e recomendado rapel na pedra da tartaruga. Opções para uma próxima passagem por ali.
Dia 2 - Domingo - SUP na Lagoa Rodrigo de Freitas e Parque das Catacumbas
Hoje foi um dia para relaxar, então optamos por fazer um SUP light ali perto da nossa base em Botafogo. Ali no parque dos pedalinhos, quase em frente ao Parque das Catacumbas, tivemos acesso para inflar os SUPs e entrar na lagoa. O objetivo era um SUP seco, não cair nas águas da lagoa, que não são muito próprias para banho, mas vimos diversos peixinhos por ali. Uma remada bacana, curtindo um belíssimo visual da cidade maravilhosa.
Dali fomos conhecer o parque das Catacumbas, um cantinho nunca explorado no Rio mas muito interessante, trilhas com diversas esculturas, dois mirantes com um super visual (do Sacopã e do Urubu) e atividades radicais para fazer: Tirolesa, arvorismo, um rapel incrível no mirante do urubu, com vista incrível para o corcovado, e uma parede de escalada.
Concluidas as atividades, almoçamos e matamos as saudades da nossa querida Cobal de Humaitá.
Dia 3 - Segunda - Pedra Bonita, Parque Laje e Museu do Amanhã
Hoje o plano era fazer a Pedra da Gávea, mas achamos que o nosso circuito ia ficar puxado demais então optamos pela trilha mais fácil da Pedra Bonita. Uma trilha íngreme mas rápida, de uns 30-40minutos e logo chega-se ao visual. A saída da trilha fica ao lado da rampa de vôo livre da Pedra Bonita, é só colocar no google, Mas para estacionar lá é super concorrido, nós não conseguimos e então papai foi estacionar 1km para baixo na estrada das Canoas no mirante das Canoas. Ainda assim o passeio foi super tranquilo, apreciamos um lindo visual e na volta ainda demos uma passadinha na rampa de vôo-livre para apreciar alguns vôos.
Depois do passeio tentamos atravessar o Parque Nacional da Floresta da Tijuca de carro e visitar alguns pontos turísticos, mas não conseguimos, este passeio só pode ser feito a pé ou de bicicleta, ficará para uma próxima viagem.
Também demos uma passada no Parque Laje para tentar almoçar por lá, mas o restaurante estava muito cheio, então seguimos adiante. Aproveitamos a piscina e o ifood antes de continuar nossa programação para desta vez visitar e entrar no maravilhoso museu do Amanhã. Para este é importante comprar os ingressos agendados com antecedência. Vale também percorrer outros atrativos ali na região do museu, como por exemplo o MAR ou o mosteiro de São Bento e o Boulevard Olimpico, mas não deu tempo. Tinhamos uma lista enorme de atrativos para percorrer ali, mas a visita ao museu tomou todo nosso tempo. Ainda conseguimos aproveitar um carnavalzinho na saída do museu.
Dia 4 - Terça - Escalada no Costão do Pão de Açúcar e SUP na praia Vermelha
Chegou o esperado dia de escalada. Já haviamos subido o Morro da Urca em uma viagem anterior ao Rio, mas desta vez o programa era bem radical. Contratamos um guia, que nem vamos recomendar por aqui pois tomamos um atraso violento dele no dia, ao fim ele foi super bacana, mas nos custou um calorão e pedras bem quentes para escalada. Existem diversos sites e perfis no insta de guias, fácil de achar um. É preciso de guia para ter mais segurança na trilha e existe um paredão de escalada de uns 20 metros que requer equipamentos de segurança. Em geral leva-se de 3 a 4 horas para chegar ao topo, estávamos indo bem, até que encontramos uma turma de escaladores pouco experientes na nossa frente que nos fez esperar um pouco, mas ainda assim demos sorte, costuma ser mais cheia a trilha do costão. Haviamos marcado de nos encontrar as 7h na praia Vermelha, mas o guia atrasou e apenas começamos as 08:30. Há tambem a opção de fazer a subida a tarde, pois dizem já estar sombra na face do costão, não sabemos ai o calorão e as pedras quentes como ficam a tarde. A trilha em geral é bem ingreme com a maioria dos trechos em escalaminhada, no desafio que a gente gosta.
Descemos pelo bondinho até o morro da Urca e dali pela trilha de volta ao ponto de partida. Lá em cima ainda deu tempo de curtir o visual, fazer um lanchinho e dar uma relaxada.
De volta a praia vermelha era hora de inflar os SUPs e cair na água para uma refrescada e um visual diferente do pão de açucar. A praia estava lotada, assim o nosso SUP foi a salvação para um delicioso mergulho nas águas geladas do Rio, com direito a tartaruga na praia Vermelha, incrivel. Valeu o dia!
Dia 5 - Quarta de Cinzas - Nascer do Sol no Morro dois irmãos e Confeitaria Colombo
Acordamos às 3h da madrugada e Betina desistiu, preferiu ficar no seu soninho em casa, mas Marinoca encarou o programa seguiu forte. Às 4h estávamos na favela do Vidigal, depois de estacionar o carro no Sheraton, ali encontraríamos nosso guia e o grupo que ia fazer conosco o rapel no morro dois irmãos no nascer do sol. Mas o guia deu no-show, simplesmente não apareceu. Reunimos então o grupo que iria fazer o Rapel e tomamos os moto-táxis para subir o morro do Vidigal até o início da trilha. Segundo nos disseram e conseguimos comprovar, tudo seguro por ali, era ainda a madrugada da quarta de cinzas e o movimento de pessoas ainda pelas ruas. Foi legal finalmente conhecer o Vidigal. Mas a subida, cada um em sua garupa de moto, foi adrenalinda total, os motoqueiros não economizam velocidade e cortam àquelas subidas e curvas como loucos, chegamos lá arrepiados.
A trilha foi super bacana, ainda reinava a escuridão, e muitos turistas por ali também, vários gringos percorrendo a trilha Ecológica do Vidigal, laternas na cabeça e o som do pancadão na Rocinha ecoava por todos os lados, até que chegamos em uma clareira e podemos vizlumbrar as luzes infinitas da Rocinha lá embaixo. A trilha começa pelo Vidigal, mas circunda o Morro dois irmãos pelo lado que dá vista a São Conrado e com uma visão total de tirar o fôlego da comunidade. Corremos muito para chegar ao topo ainda com o clarear do dia que estava lindo em um vermelho forte pelo céu. lá no topo, já que não íamos ter rapel, sentamos na pedra com uma galera de turistas, a maioria gringos e alguns cariocas apreciadores e fomos curtir o amanhecer do dia e um nascer do sol sensacional para lacrar no Canaval Rio Radical. Na descida da trilha paramos para apreciar a Rocinha e ouvir mais um pouco do baile funk que ainda rolava forte.
De volta a Botafogo demos uma passada rapida pelo cemitério que era vista da nossa janela do nosso ap e fomos conferir o local. Ali descansam celebridades como o Carlos Drumond de Andrade, Carmem Miranda e Cazuza, segundo nos contou um orgulhoso funcionário do parque.
Para fechar o dia antes de pegar estrada para Sampa, fomos percorrer o centro do Rio na vontade de conhecer o Real Gabinete da Lingua Portuguesa, a Confeitaria Colombo, o CCBB e a Biblioteca Nacional. Mas estavams fechados e nos contentamos com as deliciosas tortas e ambiente precioso da Confeitaria Colombo para fechar o nosso programa Radical.
Pedra da Gávea
A trilha conhecida como a mais difícil do Rio havia ficado pendente e voltamos em 2023 para fazê-la com os gêmeos. Uma trilha bastante íngreme e que tivemos que enfrentar a Carrasqueira, um paredão de escalada. Mas apesar da dificuldade da trilha, nós tiramos de letra, sem guia e sem corda na Carrasqueira.
Como fazer a trilha. A Saída esta bem sinalizada no Google maps, é bom chegar antes das 8h, horário que abre os portões do parque, para garantir um bom lugar para estacionar e apressar o passo para pegar a Carrasqueira mais vazia. Nos fins de semana a trilha fica bem cheia e forma uma boa fila de subida lá. Na entrada do parque tem um mapinha, é bom tirar uma foto, mas a trilha está demarcada no google Maps. Em 1h e 15min chegamos a base da Carrasqueira, passando pela pedra do Imperador para fotos. Subi a Carrasqueira com os meninos com muita facilidade e zero medo, mas há quem se assuste com a altura, mas a escalada não é exposta, mas uma queda ali pode machucar bastante. Depois da Carrasqueira, mais uns 15 minutos de trilha e chegamos ao mirante. A Pedra da Gávea em si fica para o lado esquerdo, com um acesso um pouco difícil por cabos e correntes. Ali a galera faz tirolesa, rapel e outras atividades instagramáveis. Na volta dá para se refrescar em uma cachoeira, mas não fomos.
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