Mais uma achado para nossa lista de PARNAs (Parques Nacionais). Este realmente bastante isolado no norte de Minas, o qual precisamos fazer um desvio de quase 2h em nossa rota mas que valeu muito a pena.
Confere a lista de PARNA's que já exploramos por este Brasil.
Viemos direto de Rio de Contas na Bahia, 9h de estrada em uma BR extremamente esburacada e ao fim da viagem 8km finais em pura lama para chegar a margem do São Francisco onde cruzaríamos de balsa o rio que estava bem cheio devido às fortes chuvas no último mês. Mas esta é uma experiência única. Do outro lado do rio fica a cidade de Itacarambi, nossa base à exploração do PARNA Cavernas do Peruaçu.
Em nosso primeiro dia em Itacarambi ainda nos recuperávamos da influenza do reveillon, assim foi dia de aproveitar o rio, curtir a piscina e o visual da pousada e recuperar as energias. Ficamos na pousada Camaleão, uma boa pedida, simples mas bem agradável. E o restaurante é o Velho Chico, bem simples ali próximo. Além de Itacarambi, também existem algumas opções de hospedagem na comunidade do Fabião, uma localidade próxima À entrada do parque.
A cidade de Itacarambi em si não tem muito o que fazer mas ficamos sabendo de alguns passeios interessantes na região como ver as barrigudas, árvores centenárias, parentes dos baobás de Madagascar. Ah fiquei só na vontade, dizem que fazem um cenário belíssimo para fotos no por do sol e nascer da lua cheia. Mas o tempo não estava ajudando pra gente, chovia e o sol mal aparecia, nem pudemos contemplar o por do sol no rio, muito menos as estrelas que espelham nele. Mas Marina aproveitou para atravessar o rio de barco como uma ribeirinha.
Para visitar o parque é preciso agendar com antecedência de 3 dias, mas o guia que a pousada nos indicou providenciou tudo. Senão é só enviar um email para o parque cavernas.peruacu@icmbio.gov.br. O guia nos custou R$150.
Antes de chegar no início da trilha, é preciso passar pelo ponto de controle do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, o acesso já mostra uma estradinha bem bonita, percebemos que estamos em um local diferenciado.
A trilha ao fim é muito tranquila, tem uma boa descida no começo (que na volta sobe) mas tem toda uma infra-estrutura.
Fizemos todo o trajeto em aprox. 3h pois tivemos que atravessar os rios, mas em geral leva-se bem menos tempo. Existem algumas opções de trilhas, nós por não termos muito tempo, fizemos somente a Gruta do Janelão.
A primeira parada é para ver as pinturas rupestres e logo depois chegamos ao mirante que avista a entrada da caverna com 100m de altura, impressionante.
Após a descida, entramos na caverna e tiramos fotos na clarabóia do coração. e depois espeleotemas em formato de cogumelos que formam um visual lindo.
O rio Peruaçu que corta e forma a caverna, ao longo do percursso tivemos que atravessa-lo algumas vezes, e por ele estar muito cheio devido as chuvas, em dois trechos nos molhamos até a cintura, mas o papai e a mamãe nos guiaram. Tiramos os tênis para não molhar e atravessamos descalças, com muito cuidado pois tinha uma certa correnteza.
Antes de chegar ao fim do percursso, a gruta do Janelão, vimos a Perna da Bailarina, considerada a maior estalactite do mundo, com cerca de 28 metros de altura.
O vídeo completo de nossa aventura