Em nosso projeto de alcançar os mais altos cumes do Brasil chegou a hora do 5o, o Pico das Agulhas Negras situado no Parque Nacional de Itatiaia, na parte alta, no município de Itamonte, Minas Gerais. Escolhemos o feriado de finados e portanto o Halloween para subir a montanha. A previsão do tempo estava incerta e com as restrições da pandemia, compramos os ingressos antecipados e combinamos com o nosso guia, o Dian, para fazer a subida no último dia do feriado. Até lá aproveitariamos para explorar outros picos mais fáceis.
Ficamos hospedados da pousada dos Lobos, em chalés ali próximo a entrada do parque. Todas as opções de hospedagem ficam pela estrada em direção a Itamonte ou já na estrada de barro em direção ao vilarejo de Fragária. O grande recomendado é o Hostel Picus e tem ótimas opções de chalés no airbnb. E é tudo muito isolado sem comércio ou restaurantes.
Em nosso primeiro dia, nem fomos até o parque, por ser uma parte mais alta a cerração cobria tudo e garoava. Optamos por fazer de carro a chamada volta dos 80, 80km pelos vilarejos locais de Itamonte, Berta, Vargem Grande, Campo Redondo até retornar a nossa pousada em tempo para cortar nossa abóbora de Hallowen e fazer a festa das bruxas!
No dia seguinte saimos cedo e arriscamos a subida mais fácil ao Morro do Couto, mas a garoa não deu trégua, a cerração nos perseguiu e chegamos ao pico sem ver nada, mal conseguiamos ver o pico que tínhamos que chegar. Sem guia era dificl saber quais pedras escolher, além de estarem molhadas e escorregadias. E Betina quase chegou lá e eu, Marina segui adiante com a mamãe. Quando estávamos prestes a desistir pois nós duas sozinhas não conseguiamos achar o caminho certo, um grupo de 13 adolescentes apareceu fazendo uma algazarra e nos levou com eles, logo mais chegaríamos com eles ao cume do Morro do Couto.
DIA D - Agulhas Negras
Enfim chegou o grande dia. São PEdro cooperou com a gente e limpou o céu por completo, ficando azulzinho, mas despencou a temperatura, quando saimos da pousada estava 0 graus. Saimos as 6:30, queriamos ser uns dos primeiros a entrar no parque para conseguir estacionar o carro no abrigo Rebouças, isto nos economizaria uma caminhada de 4km ida e volta.
Tudo certo, por volta das 8 da manhã encontrávamos os nosso guia Dian, que nos levaria até o cume. A parte inicial de uns 45minutos é bem plana e nos leva ao pé do maciço que iamos escalar. Existem varias rotas, Dian nos levou por uma que nos permitiu subir paredões escalaminhando, aplicar a técnica da chaminé apoiando os pés e mão em paredões e fizemos nossos primeiros rappel. Chegamos ao cume as 12h, e conseguimos ser ágeis e chegar primeiro que as nuvens para poder aproveitar o visual belíssimo de lá. O ritmo foi contínuo, não houve cansaço, uma das melhores escaladas pois o esforço físico é distraido pelo desafio da escalada.
Depois descer, poderia parecer mais dificil, como disse nosso guia, muitas pessoas travam de medo e não conseguem descer, nós não tivemos problema algum, descemos em 3h. Enfim completamos todo o passeio em 7horas.
Retornamos a poousada para um banho, depois paramos na descida da serra para almoçar num restaurante de trutas e pegamos estrada de volta para São Paulo.
Veja o post sobre Maringá e Maromba, do outro lado do PARNA Itatiaia e também sobre a parte Baixa e Penedo.
O mapa do PARNA está na lista PARNA Itatiaia do google maps
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